Henryk Szeryng (1918-1988) e Max Rostal (1905-1991), dois extraordinários violinistas que já por
aqui passaram anteriormente, foram alunos do grande professor húngaroCarl Flesch, ele próprio um reputadíssimo violinista. A lista de alunos de Flesch dá uma ideia precisa da sua importância como pedagogo, contando-se entre eles, além dos dois já referidos, Szymon Goldberg (1909-1993), Ida Haendel(1923?-), Louis Krasner (1903-1995) e Ginette Neveu(1919-1949).
O facto de ter nascido no seio de uma família judaica impossibilitou-o de levar uma vida pacata. Refira-se, por exemplo, o facto de, em 1935, lhe ter sido retirada a si e à sua família a cidadania alemã, obtida 5 anos antes. Já em 1934tinha deixado voluntariamente a Musikhochschule deBerlim, onde tinha começado por dar master classes em1921 e onde leccionava de uma forma regular desde 1928; outro interveniente, a mesma triste história, claro, pois já o compositor Franz Schreker (1878-1934) tinha passado exactamente pelo mesmo 2 anosantes. Os processos eram tristemente consistentes...
Triste foi também o fim de um dos seus violinos, um Brancaccio Stradivarius de 1725, que Flesch teve que vender em 1928 por ter perdido muito dinheiro na Bolsa de Valores de Nova Iorque; o instrumento acabaria por ser destruido num dos vários ataques aliados a Berlim.
Carl Flesch nasceu há 134 anos, no dia 9 de Outubro de 1873.
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